segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Halloween (Parte II)


A festa de Todos os Fiéis Defuntos foi instituída por São
Odilon, monge beneditino e quinto Abade de Cluny na França em 31 de outubro do ano 998. O cumprir o milenário desta festividade, o Papa João Paulo II recordou que “São Odilon desejou exortar a seus monges a rezar de modo especial pelos defuntos. A partir do Abade de Cluny começou a estender o costume de interceder solenemente pelos defuntos, e chegou a converter-se no que São Odilon chamou de Festa dos Mortos, prática ainda hoje em vigor na Igreja Universal”. 
“Ao rezar pelos mortos, diz o Santo Padre, a Igreja contempla, sobre tudo, o mistério da Ressurreição de Cristo, que, por sua cruz nos dá a salvação e a vida eterna. A Igreja espera na salvação eterna de todos seus filhos e de todos os homens”. Depois de destacar a importância das orações pelos defuntos, o Pontifíce afirma que “as orações de intercessão e de súplica que a Igreja não cessa de dirigir a Deus têm um grande valor. O Senhor sempre se comove pelas súplicas de seus filhos porque é Deus de vivos. A Igreja acredita que as almas do purgatório ‘são ajudadas pela intercessão dos fiéis e, sobre tudo, pelo sacrifício proporcionado no altar’, assim como ‘ pela caridade e outras obras de piedade”. Por essa razão, o Papa pede aos católicos “para rezar com ardor pelos defuntos, por suas famílias e por todos nossos irmãos e irmãs que faleceram, para que recebam a remissão das penas devidas a seus pecados e escutem o chamado do Senhor”.

Pensando a partir da Fé
                Uma proposta de temas para considerar atentamente nossa fé católica e a atitude que devemos tomar ante o Halloween. Diante de todos estes elementos que compõem hoje o Halloween, vale a pena refletir e fazer as seguintes perguntas:
1)      Podemos aceitar que as crianças, ao visitar as casas dos vizinhos, exijam doces em troca de não lhes fazer algum dano (pichar muros, quebrar ovos nas portas etc?)? Com relação à conduta dos demais, pode ser lido o critério de Nosso Senhor Jesus Cristo em Lc 6,31.
2)      Que experiência (moral ou religiosa) fica na criança que, para se divertir, usa disfarces de diabos, bruxas, mortos etc, personagens relacionados com o mal e o ocutismo, sobretudo quando a televisão e o cinema identificam estes disfarces com personagens contrários à moral sã, à fé e aos valores do Evangelho? Vejamos o que é dito em Mt 7,17 e Mt 6,13. A Palavra de Deus nos fala disto também em 1º Pe 3,8-12.
3)      Como podemos justificar como pais de uma família cristã a nossos filhos que o dia do Halloween façam mal às propriedades alheias? Não seríamos totalmente incoerentes com a educação que viemos propondo na qual se deve respeitar a outros e que as travessuras ou maldades não são boas? Não seria isto aceitar que, pelo menos uma vez ao ano, se pode fazer mal ao próximo? O que nos ensina Jesus sobre o próximo? Leiamos Mt 22, 37-40.
4)      Com os disfarces e a identificação que existe com os personagens do cinema, não estamos promovendo na consciência dos pequenos o mal e o demônio são apenas fantasias, um mundo irreal que nada tem que ver com nossas vidas e que, portanto, não nos afetam? A Palavra de Deus afirma a existência do diabo, do inimigo de Deus em Tia 4,7; 1º Pe 5,18; Ef 6,11; Lc 4,2; Lc 25, 41.
5)      Que experiência religiosa ou moral fica depois da festa de Halloween? Não é o Halloween outra forma de relativismo religioso com a qual vamos permitindo que nossa fé e nossa vida cristãs se vejam debilitadas?
6)      Se aceitarmos todas estas idéias e tomamos palavras levianas em “altares de diversão de crianças”, o que diremos aos jovens (a quem, durante sua infância lhes permitimos brincar o Halloween) quando forem aos bruxos, feiticeiros, médiuns e os que lêem as cartas e todas essas atividades contrárias ao que nos ensina a Bíblia?
7)      Nós, como cristãos, mensageiros da paz e do amor, podemos nos identificar com uma atividade aonde todos seus elementos falam de temor, injustiça, medo e escuridão? Sobre o tema da paz, podemos ler Fil 4.9; Gal 5,2; Mt 5,14; Jo 8,12.

Se formos sinceros conosco e procurarmos sermos fiéis aos valores da Igreja Católica, chegaremos à conclusão de que o Halloween não tem nada que ver com nossa lembrança cristã dos Fiéis Defuntos e que, todas suas conotações são nocivas e contrárias aos princípios elementares de nossa fé. Mais que combater a forma em que hoje se celebra Halloween, queremos retomar o sentido original desta data e celebrar a Festa de Todos os Santos.
Manteremos elementos bons e positivos: celebrar, disfarçar-se e compartilhar, mas propomos trocar os negativos: morte e escuridão por vida, terror e medo por alegria, violência por paz e amor, sustos e chantagem por respeito e entrega.
Propomos uma celebração ampla, na qual todos se somem alegremente independentemente de sua proximidade com a religião. Desta maneira, formaremos valores positivos nas crianças já que aprenderão a dar parte de si para obter seus objetivos, a respeitar e não amendrontar e que, por sobre tudo, devem prevalecer a vida, o amor, a paz e a alegria.  

2 comentários:

  1. muito legal o blog de vcs! parabéns pastoral da juventude pelas mudanças, q espero q sejam p melhor, como já estão sendo!
    q Deus abençoe vcs!
    bjks
    Mari diniz

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  2. ah e queria deixar claro q fui eu q tirei a foto de cima! hauahuahuah

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